Toda oração que apresentar
pronome relativo é subordinada adjetiva. Por conseguinte, essas orações também
são chamadas de orações relativas. E, ao se usar uma oração relativa, é
necessário observar se antes do pronome relativo o emprego de preposições é
oportuno ou não à norma culta do idioma.
Para tanto, basta estar atento na predicação do verbo que estiver
integrando a oração subordinada adjetiva. Temos como pronomes relativos: QUE/
QUEM/ QUAL/ ONDE/ CUJO. Confira:
a) O livro de que necessito proporciona novos conhecimentos.
que
* O correto é “... de que necessito...” , pois quem necessita, necessita de algo. Como o verbo necessitar pede a preposição “de”, devemos deslocá-la para antes do pronome relativo “que”. Trata-se de pronome relativo, visto que esse conectivo está sendo usado, de fato, para substituir o substantivo empregado anteriormente. A função do pronome relativo é justamente substituir um termo empregado anteriormente ( geralmente um substantivo ou um outro pronome ). Sua função, portanto, é um recurso gramatical que evita a pobreza de vocabulário, ou seja, impede a repetição literal do termo utilizado anteriormente. No exemplo acima, se o concurso público exigir a função sintática do pronome relativo “que”, devemos afirmar ser objeto indireto, pois a preposição exigida pelo verbo NECESSITAR se desloca para sinalizar seu objeto indireto.
b) O cargo o qual me referi traz conforto.
ao qual
* “O cargo ao qual me referi traz conforto” é a estrutura que atenda à norma culta da Língua. Assim, o pronome relativo “qual” exerce a função de objeto indireto, tendo a preposição “a” a função de materializar a transitividade indireta exigida pelo verbo pronominal REFERIR-SE.. Esse pronome “se” deve ser lido como pronome integrante ao verbo.
c) Os diretores a quem aludiram são corruptos. { correta a regência da oração relativa }
Objeto
indireto